quarta-feira, 27 de junho de 2018

MATRÍCULAS ABERTAS PARA AGOSTO 2018



A partir desta segunda-feira, 25 de junho, estão abertas as matrículas para nossos cursos regulares, que terão início em agosto de 2018.

Oferecemos cursos de inglês, francês, italiano, grego antigo, latim, português e redação.

As vagas são reduzidas: as turmas são compostas por no máximo 6 alunos!

Não perca esta oportunidade! Faça já a sua matrícula!

quarta-feira, 20 de junho de 2018

Reinauguração do nosso website

O GRAMMA - Centro de estudos reinaugura nesta terceira semana de junho de 2018, o seu website.

De cara nova, com novas informações, produtos e serviços, o site representa um importante passo para aumentar o alcance da nossa iniciativa cultural.

Com uma plataforma exclusiva de exercícios online, a nossa escola virtual promete grandes inovações para o nosso cotidiano de ensino.

A cara é nova, mas o endereço é o mesmo: GRAMMA - Centro de estudos

Acesse e confira!


terça-feira, 26 de abril de 2016

"Quem esconde a beleza do corpo revela a beleza da alma".



            Quando surge a discussão sobre o pudor das vestimentas, a primeira alusão feita, de maneira automática, mais por uma sedimentação cultural da fonte que por memória de uma leitura de fato feita, é a Engels. Diz-se, conforme inventou o autor, que o homem se apropriou da mulher como propriedade privada ao fundarem-se as bases do sedentarismo patriarcal. Ainda completa o disparate:
“O desmoronamento do direito materno foi a grande derrota do sexo feminino em todo o mundo. O homem apoderou-se também da direção da casa; a mulher viu-se degradada, convertida em servidora, em escrava da luxúria do homem, em simples instrumento de procriação.” (ENGELS, A origem da família, da propriedade privada e do Estado)

Com base nessa estapafúrdia afirmação, montada sobre pouco mais que especulações sobre antigas sociedades pagãs, vão dizer que discorrer sobre a vestimenta feminina é uma atitude machista, uma reles parte ilógica de uma superestrutura milenar que visa a perpetuar uma infraestrutura machista e, pior que isso, altamente misógina.
            Curioso, no entanto, é que se ignore a posição de prestígio sem igual concedida à mulher no universo cristão. Enquanto na antiguidade clássica as fortes personagens femininas só fossem lembradas pelos seus vícios, ao longo da Idade Média as mulheres (e não poucas) compõem os números de baronesas e condessas, duquesas e rainhas, de abadessas superioras de mosteiros mistos, sem contar os milhares de mulheres canonizadas pela Igreja, ou as que parte fazem do limitadíssimo rol dos seus doutores. E não é para menos: o modelo de santidade católica por excelência é figurado em Maria, mãe de Deus, a maior entre todos os humanos, abaixo na hierarquia celeste somente do Senhor. Além disso (ou, talvez, por consequência disso), Régine Pernoud nos ilustra uma situação interessante:
Nas atas de tabeliães é muito freqüente ver uma mulher casada agir por si mesma: abre, por exemplo, uma loja ou uma venda, sem ser obrigada a apresentar autorização do marido. Os registros de impostos, desde que foram conservados (como em Paris, a partir de fins do século XIII), mostram multidão de mulheres a exercer as funções de professora, médica, boticá­ria, estucadora, tintureira, copista, miniaturista, encadernadora, etc.
(PERNOUD, Idade Média: O que não nos ensinaram. 1994)

            Entretanto, os trabalhos mais perigosos, como a guerra, continuaram sendo executados pelos homens, mais por um senso comum de responsabilidade e serviço dos homens que por uma proibição institucional às mulheres (vide o caso, por exemplo, de Santa Joana D’Arc). O senso de virilidade, que envolve a coragem, a honra, a proteção ao mais fraco continuaram integrando o rol de responsabilidades masculinas, sem contudo afetar a crescente liberdade e capacidade de mobilidade social das mulheres, que continuaram tendo por virtudes ideais a candura e a maternidade.
Provando na história, então, que a definição dos papeis sociais dentro do universo cristão não só não atrapalhou como possibilitou a dignificação das mulheres como nunca antes na história da humanidade, faz-se necessário entender plenamente, então, a filosofia e a prática cristã, especialmente durante o medievo, antes de levantar qualquer tipo de crítica ignorante e nociva que mais fazem atacar espantalhos que gerar de fato algum fruto produtivo.
Procedamos, portanto, à investigação.

1 – O PUDOR NO UNIVERSO MATERIAL
            Mesmo se começarmos por uma abordagem puramente material, que entenda a razão de ser de um relacionamento a “busca pela felicidade terrena”, a experiência, o senso comum ou mesmo a psicologia eventualmente nos guiará rumo ao seguinte problema filosófico – problema, aliás, de fácil e imediata resposta:
“O que é mais bonito, mais elevado: o altruísmo ou o egoísmo?”
Apesar de reconhecermos que o amor próprio e a natural e consequente busca pela autopreservação são pilares da virtude da prudência, rara será uma resposta que as sobreponha ao que chamamos amor, em cujos pilares figura-se o altruísmo.
Se o altruísmo é, pois, mais elevado, podemos considerar que o que define a condição humana, como o amor, o altruísmo, a caridade, respeito etc. é, por natureza, mais importante e elevado que o impulso pelo prazer egoísta, que inclui o prazer sexual por si só. Logo, o prazer sexual só é moralmente válido se respeitar algumas condições elevadas, como as que definem o ser humano (e.g., o estupro é sempre imoral por desrespeitar diversos limites impostos por esses valores).
Nesse sentido, pode-se dizer que um casamento entre duas pessoas pressupõe a exclusividade, no primeiro degrau da escala moral, como forma de evitar o sofrimento mútuo (pelo ciúme, por exemplo). Portanto, o casamento não é uma concessão de direitos, mas justamente uma limitação dos próprios direitos sexuais, cujos impulsos jamais desaparecem, de modo a preservar o outro do sofrimento e, como parte da barganha desse primeiro degrau, preservar-se também a si.
Assim, alguém que se porte com a intenção deliberada de interferir em um acordo interpessoal dessa natureza (e.g. um homem que tenta seduzir uma mulher casada) está agindo imoralmente por, conscientemente e por um impulso egoísta, querer instabilizar um regime alheio que foi construído para evitar o sofrimento e buscar a felicidade mútua. Uma vez estabelecido um contrato interpessoal dessa natureza, a destruição desse contrato por outrem, ainda que resulte para si em lucro, configura justamente um jogo de soma zero, em que a felicidade de um representa necessariamente a desgraça do outro.
Some-se a esse cenário que os homens, por um detalhe biológico, sejam mais propensos a serem seduzidos pela concupiscência carnal. Sendo assim, não é exagero dizer que a mulher que, consciente do próprio poder de sedução, escolhe se vestir com pudor age com uma caridade que transcende em muito a simples autopreservação. Ao não querer ser motivo de discórdia em relacionamentos alheios, ela mostra que, acima da busca pelo prazer e do consequente medo do sofrimento, ela é capaz de entender o valor social dos acordos interpessoais. Que, malgrada a ausência de uma lei ou instituição que promova qualquer tipo de punição, é capaz de respeitá-los em nível de convenção cultural, o que, mesmo sem tocar no assunto das razões históricas, filosóficas ou teológicas, a coloca em um degrau de consciência moral que poucos hoje são capazes de atingir por conta própria (na maior parte dos casos, porque aprendem a não querer).

 2 – O PUDOR NO DIREITO NATURAL
Valendo-nos o resultado do supradito, quando cruzamos a barreira do arranjo interpessoal com claros interesses materiais, deparamo-nos com um preceito do direito natural, que precede o direito formal em tempo e em primazia: em nome da justiça (suum cuique tribuere) ninguém deve ser responsabilizado pelas atitudes alheias. Logo, ninguém deve ser responsável pela criação de uma criança senão os seus próprios pais.
Dado, porém, que uma criança só atinge a maturidade física, intelectual e moral depois de mais de uma década, é natural e justo que os pais compliquem o seu relacionamento em função do surgimento de um filho. Pois o prazer e a felicidade individual deixam de ser o foco do relacionamento, dando quase que todo o seu espaço e importância à criança. Daí a instituição natural da família, um sistema de punições e recompensas que reage, na base da fofoca, de acordo com o cumprimento ou não dos esperados papeis sociais em um lar. Cabe aos pais, portanto, prover tudo o que a criança precisa para se desenvolver de maneira saudável até a sua maioridade. Vale dizer novamente que isso antecede em tempo e em primazia o direito formal.
Não que eventuais arranjos diferentes não sejam possíveis e necessários (às vezes por conta de pais loucos, ou ausentes, ou mortos prematuramente). Mas isso em caráter excepcional, pois em uma sociedade de sãos e justos, os pais jamais negligenciam os seus filhos. Isso é natural, e se não fosse assim a raça humana não teria sobrevivido nem à pré-história.
Nesse caso, vestir-se de maneira provocativa deixa de ter por consequência o mero sofrimento de um cônjuge, mas passa a envolver a estabilidade de uma família e a formação de uma criança.

3 – O PUDOR NA FILOSOFIA
As coisas se complicam ainda mais quando saímos da esfera das puras relações humanas e entramos na filosofia aristotélica. Lá, vemos que tudo o que existe só pode existir por participação em um ser que seja 100% ato e 0% potência; um ser que seja, simplesmente; um ser cuja ordem inerente deu origem ao cosmos, que só se pode ordenar segundo a Sua razão. Dessa forma, se entendemos que as coisas se orientam a um fim e, mesmo assim, insistimos em negar essa ordem, estamos nos rebelando contra uma razão cósmica que transcende até mesmo a nossa condição humana.
Mais, se continuarmos com Aristóteles, descobrimos ainda a perenidade da alma após a morte. Isso significa que, se temos participação em um cosmos e continuaremos tendo após a morte, talvez negar a ordem cosmológica das coisas em vida não seja uma postura muito inteligente; talvez a nossa postura em vida se reflita em nós após a morte – o que é naturalmente pensável, uma vez que os dados da nossa personalidade são características da alma e não do corpo.
Se a responsabilidade imposta pelo direito natural faz parte dessa ordem cosmológica, vestir-se mal pode induzir outrem a um erro de proporções cósmicas. Ainda que a linha argumentativa se dê de maneira idêntica à do direito natural, o senso de proporções se agrava quando se toma consciência de que fazemos parte de uma ordem que transcende em muito o nosso alcance pessoal.

4 – O PUDOR NA REVELAÇÃO DE CRISTO
Essa ordem, contudo, só é plenamente compreensível dentro do universo cristão. Cristo, feito homem, nos revelou que o matrimônio, por ser este parte constitutiva da criação, é dotado de natureza específica e indissolúvel desde o princípio dos tempos. Não deve ser surpresa que esses atributos coincidam plenamente com o que foi descoberto no direito natural e na filosofia aristotélica, ao mesmo tempo que acomodem perfeitamente – mas não fundamentalmente – a busca pela felicidade material.
Também em uníssono com a filosofia aristotélica está a confirmação de Cristo da perenidade da alma, oposta à fugacidade de tudo o que é terreno. Mas a Revelação tem um acréscimo: não só a alma é eterna, como ela encontrará consolação ao lado de Deus após a nossa morte corporal, contanto que nós digamos em ato o nosso “sim”. Esse último dado, contudo, revela por analogia – fundamentada no livre arbítrio – o nosso direito inalienável e respeitado por Deus de dizer “não”, i.e., de negar a bondade, de recusar agir conforme a cosmologia divina que nos orienta necessariamente para Ele. Naturalmente, todavia, essa negação, para a nossa eterna infelicidade e desconsolo, se perpetua após a morte.
Isso significa que, ao vestir-se sem pudor, a mulher não só tem o poder potencial de causar a infelicidade material de outrem, ou de perturbar uma família em nível mundano, mas tem o poder de ser o instrumento que manda um homem para o inferno. Em todos os níveis da argumentação, mas especialmente neste, a questão da vestimenta transcende a questão da preferência pessoal e se transfigura, conforme a seriedade das consequências, em um ato de caridade.
 Por essas razões, e por algumas outras, o catecismo incorpora esses dados e chama todos, mulheres e homens, ao pudor, à modéstia, especialmente ao se prepararem para assistir à Santa Missa:
"Para se prepararem convenientemente para receber este sacramento, os fiéis devem observar o jejum prescrito na sua Igreja (222). A atitude corporal (gestos, traje) deve traduzir o respeito, a solenidade, a alegria deste momento em que Cristo Se torna nosso hóspede." (Catecismo da Igreja, no nº 1387).

             Por isso, a quem compreende o peso dessa responsabilidade, vestir-se adequadamente é um ato de amor ao próximo, para que possamos ser luz ao invés de ocasião de pecado. Um ato também de prudência, pois a caridade leva o autor aos céus. Além de um ato de amor a Deus, que quer a salvação de todos.

sexta-feira, 18 de março de 2016




OS TRÊS TIPOS DE PETISTAS

                Eis uma breve e abstrata descrição dos apoiadores de um partido criminoso, baseada em não poucos exemplos reais. Esta descrição não visa a difamar os cidadãos que os apoiaram mas, ao contrário, visa a limpar a sua imagem. Verdadeira vergonha é apoiar bandido no poder. Se você, ex-petista como eu, partilha dessa vergonha, aceite, como eu, a admissão da prévia ignorância; lute para tirar seus amigos honestos desse engodo e, principalmente, NUNCA MAIS permita que esses cretinos comunistas voltem a nos enganar.

----------------------------------------------------------
TIPO 1 à O PETISTA IGNORANTE

Este primeiro tipo é um coitado enganado. Entra no engodo socialista por meio das ideologias fantasiadas de cristãs, com discursos tíbios de igualdade, pacifismo, partilha e justiça social. Não que os discursos em si tenham algo de cristão, mas como “foi o padre que falou”, e como “não é possível que o professor de geopolítica esteja errado”, ele entra no esquema socialista com aquela fome de “mudar o mundo para melhor”. Seu coração está no lugar certo, mas é um ignorante.

Ignorante por não saber que as ideologias fomentadas pelo Foro de São Paulo nada têm que ver com os seus substratos. Ignorante por achar que a idoneidade moral de um comunista pode ser medida pela régua moral da tradição. Por não saber que os políticos do PT não são corruptos, mas sim fora-da-lei, bandidos que prestaram juramento a um sistema moral alheio à nossa constituição e aos bons costumes brasileiros.

Escravo da ideologia comunista endossada pela herética Teologia da Libertação (que, repito, nada tem que ver com os substratos do Foro de São Paulo), ainda na ignorância, o cidadão se vê hoje indignado com o PT, porque este feriu princípios cristãos a ele inegociáveis. Princípios que, desde o primeiro jornal dominado ainda na época da ditadura militar, foram sistematicamente violados pelos comunistas sem um pingo de peso na consciência.

Hoje, o brasileiro de bem, ainda ignorante, quer tirar o PT do poder porque viu que os representantes da mentira em que ele cresceu para acreditar não correspondem às suas expectativas morais.

--------------------------------------------------------------
TIPO 2 à O PETISTA INTERESSEIRO

A este tipo, podemos chamar com propriedade desonesto material. Este não consegue enxergar perspectiva de sucesso fora dos auxílios governamentais.

Há, por exemplo, o típico professor de ensino universitário. Ele julga um governo bom ou ruim pela régua da estabilidade institucional. Acredita que um influxo de verba que financie projetos de pesquisa, doutorados sanduíche ou ciência sem fronteiras seja o suficiente para qualificar um governo como “preocupado com a educação”. Esquece-se de que esse mesmo governo baliza o rumo dessas atividades de acordo com o seu próprio viés ideológico; que uma licenciatura ou uma pós-graduação dificilmente seriam endossados pelo MEC se se enquadrassem fora do escopo da revolução cultural.

Há, também, o típico funcionário público. Nada julga mais sagrado que a estabilidade de um concurso público. Direito de quantas greves quiser por ano, poder ter a opção de trabalhar bem ou não fazer porcaria nenhuma pelo mesmo exato salário gordo, uma maravilha! Deuses o livrem de baixar na presidência um liberal ousado como Mauricio Macri. Ser obrigado a mostrar competência ou correr o risco de cair no olho da rua – igual a qualquer cidadão normal – jamais!

Não excluamos de cena o típico artista. Ator, pintor, músico ou o que valha, imagina que jamais conseguiria se virar em um Brasil tosco sem as facilitações da Lei Rouanet. Não só isso, julga o próprio trabalho como essencial para a vida cultural do país que espontaneamente os rejeita, e apoia o governo que os apoia de volta com aquele ar pedante de superioridade intelectual, de “formador de opinião”.

Que se dirá, então, da militância profissional, das ONGs, dos sindicatos, dos diretórios de partido, que vivem de nada fazer fora do universo partidário? Que se dirá da nossa oligarquia midiática, dos banqueiros, das empresas estatais, dos conglomerados privados que integram o estamento burocrático? Essa turma de oportunistas jamais dirá um nada contra o próprio esquema de vida.

Esses representam os 7%, os 14 milhões de imediatos do governo que darão o sangue, se preciso, para não perder as regalias.

--------------------------------------------------------------
TIPO 3 à O PETISTA DESONESTO INTELECTUAL

Estes são os que pensam: “Todo mundo é corrupto, não tem solução, mesmo. Mas esse Lula aí, pelo menos, é comunista, é um mal menor que o resto”. Estes imaginam, na cabeça podre deles, que ser comunista é algum tipo de mérito, como se algum bem já tivesse surgido no mundo por causa do comunismo.

Partilhando, por vezes, das deficiências anteriormente citadas, vomita discursos contra o PSDB (como se PSDB não fosse desinformação do PT), ataca o liberalismo econômico pela sua vulnerabilidade moral (como se o povão brasileiro fosse liberal, ou entendesse alguma coisa de liberalismo), despeja xingamentos tão fantasiosos quanto difamatórios, chamando o povo de fascista, elitista, odiento, quando a política dos que eles defendem é a que transpira fascismo, elitismo e ódio. Incoerência? Pelo contrário, isso é instrução: “Acuse-os do que você faz. Xingue-os do que você é”. É um velho lema comunista, que vigora a todo vapor na elite comunista das terras tupiniquins.

Esse terceiro tipo é o mais perigoso. É o que se vê capaz de cometer todo tipo de atrocidades recomendado no Manifesto Comunista, crendo firmemente que todos os sacrifícios (dos outros, é lógico) são válidos para se chegar ao “verdadeiro comunismo”. Que se cala (se não aplaude) frente às atrocidades de Lenin e Stalin, de Mao Tsé-Tung, de Pol Pot, de Fidel Castro. Que não admite (se não aplaude) o frangalho que se tornou a Venezuela de Chavez, o estrago que a política continuada dos Kirchner fez na Argentina. Que não enxerga (se não aplaude) as conexões criminosas do Foro de São Paulo (organização que comanda o Brasil sob a fachada do PT) com as FARC, com o MIR chileno, com o PCC paulista, com a FSB russa. Que insiste em endossar as ideologias criminosas forjadas para estilhaçar o espírito humano no intelecto, estimulando-o à negação da razão, na vontade, relativizando o bem e o mal, e na sensitividade, ocluindo a beleza pelo prestígio do grotesco. Que insiste em romper com uma tradição milenar para implantar nas nossas vidas um modelo bizarro de ordem social, baseada nos caprichos de uma elite que nada mais quer que a extinção da primeira propriedade privada de todos nós: a nossa consciência individual. Os Lulas surgem é daí.

Com este terceiro grupo, não há diálogo. Apenas a segregação. Não por negar-lhes a condição de cidadãos, mas porque eles próprios abjuraram daquilo que chamamos cidadania. Sua hierarquia de valores, invertida, privilegia o comunismo como matéria de união, preterindo a condição humana que nos une aqui na terra, a nação que nos abriga e o Deus que livremente deu-nos sua vida para nos unir nos céus. A este terceiro grupo, nada podemos dirigir senão a nossa oração e os sinceros votos de conversão.

----------------------------------------------------------

quinta-feira, 1 de janeiro de 2015

O PROBLEMA DA VERDADE I

A DESCOBERTA DA VERDADE

Na Grécia antiga, nos primórdios da filosofia clássica, existiam inúmeras escolas sofisticas que, ao supervalorizar o ato do debate, relativizavam a existência da VERDADE em praticamente todos os níveis. Naturalmente, se não existe uma verdade, não há por que construir conhecimento, uma vez que inexistência da verdade o tornará fútil. A futilidade do bem-saber, contudo, levava os sofistas e seu círculo de influência a ignorar a nobreza inerente ao conhecimento, a relativizar a existência do certo e do errado, do bem e do mal. Isso não só conduzia os participantes a um vazio espiritual imenso, em que a vida parece não fazer sentido, mas gerava problemas particularmente ásperos no que tangia a vida em comunidade. O sofisma, portanto, por se ater a relativizações excessivas e grosseiras – além de ser, de praxe, desonestamente verossímil e convincente – acabava por servir de justificativa para excessos materiais que, em outra situação, seriam completamente inadmissíveis. Ou seja, a descrença nas VERDADES OBJETIVAS acabava, como acaba cedo ou tarde, por destruir o espírito humano e levar a sociedade ao caos.
Sócrates, percebendo isso, condenou absolutamente a existência de uma ciência que não partisse diretamente da observação das verdades mais óbvias e inegáveis para, a partir delas, discorrer sobre noções mais elevadas e distantes da experiência direta, resolvendo objetivamente questões morais que, antes disso, eram tratadas banalmente como mera questão de opinião (vide e.g. a questão da Justiça, que era tratada antes como um meio para se obter fins diversos, e que Sócrates conseguiu provar ser um bem em si, independentemente de quais sejam as consequências do seu exercício).
A consequência imediata disso foi avassaladora: se existe uma VERDADE e esta não é relativa, ela precisa necessariamente ser premissa de todo processo filosófico. É com Sócrates, portanto, que ela se torna a condição sine qua non para se fazer FILOSOFIA. Logo, discursar – ou dissertar – sem compromisso com a verdade não é fazer filosofia, mas produzir sofismas – requintes retóricos vazios, de pura vaidade, que visam antes a convencer alguém que reconhecer a realidade tal qual ela é.
Os frutos dessa norma foram imediatamente brilhantes. Aristóteles conseguiu formalizar o que Sócrates descobrira, fundando o que conhecemos hoje como método científico. Ele fundou as bases para que desse a educação formal através da GRAMÁTICA, da RETÓRICA e da LÓGICA. Ele, em uma sociedade politeísta governada por uma moral literária, conseguiu através da filosofia provar a EXISTÊNCIA DE DEUS, e que esse Deus era um só. Era como se a sua filosofia tentasse, pela sua própria natureza, alcançar o que havia de divino no mundo – a própria VERDADE. Não parece banal coincidência que essa mesma Verdade tenha descido dos céus poucos anos depois, para presentear a humanidade com algo que, agora, ela estaria preparada para processar: a fugacidade do mundo e a perenidade da alma em Deus.
Os discípulos indiretos de Aristóteles, especialmente após a Revelação, foram ilustres e inúmeros, dentre os quais, Santo Agostinho, bispo de Hipona, um dos maiores filósofos e teólogos que a humanidade já concebeu, e que forneceu as bases filosóficas, teológicas e morais para que se erguesse, das cinzas do Império Romano, a IDADE DA LUZ, rebatizada pejorativamente pelos humanistas Idade Média.

A NATUREZA DA DISSERTAÇÃO

Não raras vezes, tive alunos experimentando dificuldade em discernir DISSERTAÇÃO de ARTIGO DE OPINIÃO. Disse-nos Aristóteles, na Poética:
ἂν ἰατρικὸν ἢ φυσικόν τι διὰ τῶν μέτρων ἐκφέρωσιν, οὕτω καλεῖν εἰώθασιν: οὐδὲν δὲ κοινόν ἐστιν Ὁμήρῳ καὶ Ἐμπεδοκλεῖ πλὴν τὸ μέτρον, διὸ τὸν μὲν ποιητὴν δίκαιον καλεῖν, τὸν δὲ φυσιολόγον μᾶλλον ἢ ποιητήν. (Aristot. Poet. 1447b, http://perseus.tufts.edu, 2013)

“Se alguém compuser em verso um tratado de medicina ou de física, esse será costumeiramente chamado [poeta]. Mas nada comum há entre Homero e Empédocles exceto o metro; por isso, enquanto aquele merece ser chamado poeta, este [merece ser chamado] fisiólogo mais do que poeta.”

Bem, se a distinção de gênero é inerente à natureza do texto, e não à sua forma, precisamos primeiramente analisar qual seria a natureza de um e de outro.
Sabe-se ser impossível descrever e sistematizar qualquer princípio, ligado ou não à linguagem, sem a utilização mesma da linguagem. Percebendo isso, Aristóteles percebeu que é impossível que uma pessoa desenvolva a própria inteligência sem dominar, antes disso, a linguagem. Identificando, pois, as inúmeras variações de linguagem, que passavam por intenção, ambiente de uso, lugar etc., ele postulou que a Arte da Filosofia se devesse construir sobre um discurso reto, id est, SIMPLES, CLARO, OBJETIVO, privado de emoções e falácias que lhe incutissem credibilidade sem mérito. Essa descrição se encaixa com perfeição na nossa definição de dissertação.
Simplicidade e clareza são, para todos os efeitos, questão de linguagem. Para que haja clareza comunicativa, é necessário que haja um VOCABULÁRIO formalmente ligado a CATEGORIAS VERDADEIRAS, comuns ao locutor e ao interlocutor, ou em plena demonstração para este. Para que haja simplicidade, é preciso que o locutor não utilize erroneamente a sua RETÓRICA de modo a confundir o interlocutor com construções confusas ou com informações não pertencentes ao contexto – hoje, usa-se a formalização de estilo como estratégia para balizar essas características. Ora, se ambas são os requisitos tanto para a dissertação quanto para o artigo de opinião, resta-nos a objetividade como fator diferencial entre ambos: enquanto a dissertação é pedida por professores como um texto OBJETIVO, o artigo de opinião é avaliado como um texto SUBJETIVO. Apenas a definição basta para saber que uma dissertação não pode ter como foco as emoções e opiniões do autor (sujeito), mas deve tratar de maneira direta e neutra sobre o assunto (objeto). Sendo assim, o próprio gênero dissertativo pressupõe a existência de uma natureza própria do objeto, e que o ponto de vista deve, na medida do possível, ceder-lhe lugar.

Apesar, portanto, de o nome Dissertação remeter etimologicamente à expressão das palavras, precisamos entender que a descrição do seu gênero per se exige que se vá além; entender que o próprio discurso (λόγος – lógos, em grego), configurado em dissertação, é a ferramenta principal de formação do conhecimento e de investigação do mundo (φιλοσοφία – philosophía, em grego). Então, pode-se concluir seguramente que dissertar é parte fundamental de um processo de investigação sobre a VERDADE, palavra integrante dos vocábulos proibidos pelo novíssimo politicamente correto. Não presumir a existência de uma VERDADE OBJETIVA, portanto, significa presumir a impossibilidade de se escrever um texto objetivo; significa igualar dissertação ao artigo de opinião, tornando o conteúdo programático do MEC redundante; significa presumir que tudo no mundo é questão de opinião, reduzindo toda e qualquer manifestação da realidade a uma loucura idiossincrática; significa, por fim, tornar toda a produção de conhecimento uma atividade tão inútil quanto fútil.
Adianto-lhes: as quatro últimas consequências, bem como outros possíveis destrinchamentos, podem ser facilmente observadas falsas porque há, sim, uma VERDADE OBJETIVA, que independe da opinião de quem observa. O grande problema de tal inevitável conclusão é que ela nos atira contra uma muralha de preconceitos culturais desenvolvidos ao longo de alguns séculos com um propósito político específico. Mas, pela saúde deste mesmo texto, os deixarei para uma próxima escrita.

terça-feira, 30 de dezembro de 2014

RETÓRICA MARXISTA

INTROITVM
            Marx, Kant, Nietzsche, Freud, Hegel et caterva comungam todos de um problema identificado já por Sócrates, na época dos sofistas: eles dissociam o ego real do ego filosófico. Ora, filosofia nada mais é que a descrição mais fiel possível da realidade. Se os dois “ego”s não buscarem por todos os meios possíveis ser um só, naturalmente o ego filosófico não terá compromisso algum com o ego real. Isso significa, trocando em miúdos, que o ego filosófico se preocupará com a elaboração de um sistema que faça sentido sem ter o compromisso de fazer esse sistema funcionar na realidade prática. Portanto, se o sistema descrito for algo completamente falso, irreal, ele passará por verdadeiro contanto que seja verossímil.
                Ou seja: para os filósofos modernos, A REALIDADE NÃO IMPORTA – e nem teria como, uma vez que, por princípio, a produção intelectual desses sujeitos se iniciou distante dela.
                Em Marx, especificamente, a verdade é uma IDEOLOGIA, ou seja, uma invenção desonestamente verossímil que visa a conquistar SUBSTRATOS – para ele, sempre de cunho econômico. Ora, se para ele a verdade é uma ideologia, podemos presumir que tudo o que ele produziu seja ou falso, ou desonesto ou ambos. Se o sujeito se fizesse conhecer somente pelo valor de sua filosofia, certamente a não reedição de suas obras já teria dado cabo da sua infeliz memória. Contudo, os ideólogos iluministas, que já então mandavam no mundo, se apossaram de seus livros e manifestos e os transformaram em um sistema cultural complexo, de modo que todos os países pertencentes a ONU eduquem seus jovens para ter total desprezo pela realidade prática, ao passo que valorizem os dados da realidade fictícia que configuram a NOVA MORAL vendida por esses mesmos ideólogos.
                Esse desprezo se coroa na educação básica, quando ensinam os alunos a dissertar através de mecanismos rudimentares, como brainstorming, listas de “prós e contras”, vocabulário crítico previamente estabelecido, fórmulas de argumentação crítica previamente estabelecidas e investidas de criatividade argumentativa – que precisam ter não mais que um aroma de verossimilhança, mas precisam defender as famigeradas CAUSAS SOCIAIS.
                Nisso, portanto, consiste a porta de entrada para a maior parte dos concursos: MATERIALISMO PRÁTICOSLOGANSCAUSAS MILITANTES e VEROSSIMILHANÇA. Qualquer produção nesse sistema não precisa ser necessariamente verdadeira ou falsa; a verdade simplesmente não interessa, uma vez que o objetivo desse tipo de sistema não é avaliar a capacidade escrita de ninguém. Esse sim possui um substrato: a formação de mentes vazias com delírios de grandeza; idiotas úteis, incapazes de perceber sequer a própria sandice.